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FAQ - Tire suas dúvidas

  • Quero um jardim! Quais são os passos que devo seguir?
    PASSO 1 - DETERMINAR O ESPAÇO ​ Luminosidade: O local deve ter luminosidade natural, não necessariamente raios de sol atingindo diretamente o espaço porém precisamos no mínimo de bastante claridade. Sem luminosidade as plantas não sobreviverão por muito tempo, mesmo que sejam espécies que apreciam a sombra total elas acabarão ficarão estioladas* e opacas. ​ *Estiolamento acontece quando há um espaço maior que o normal entre uma folha e outra, indicando que a planta está ficando o mais longa possível a "procura" de mais luz. ​ Ventilação: A ventilação é fundamental. Se for um local que fique sempre fechado, sem a entrada de ar puro, dificilmente as mudas conseguirão realizar suas funções naturais (elas realizam trocas gasosas, além da evapotranspiração). Como consequência da falta de ventilação as mudas irão definhar aos poucos até causar sua morte. ​ Drenagem: A drenagem do solo é de extrema importância, ou seja, o solo em que as plantas estão inseridas deve conter uma saída para a água, evitando assim o encharcamento. Mesmo as plantas que apreciam regas abundantes não suportam solos encharcados, a não ser que sejam destinadas especificamente para esses ambientes o que limita drasticamente as possibilidades de escolha. O ideal é que o solo esteja seco antes de receber a próxima rega, mesmo que seja diária, assim evitamos o excesso de umidade que causa podridão das raízes muitas vezes irreparável. ​ Obs.: temos a possibilidade de plantio em cachepos (“vasos” decorativos sem furos). Nesse caso, além de escolher plantas adequadas para esse cultivo, as regas devem ser mínimas apenas umedecendo o solo para que as raízes absorvam a água. Nada de regas abundantes uma vez que a água ficará acumulada no fundo do recipiente, causando a podridão das raízes que comentamos anteriormente. PASSO 2 - ESCOLHA DAS PLANTAS ​ Primeira seleção: Será determinante para o bom andamento do jardim a seleção das espécies de plantas que se adequem ao ambiente escolhido. Sempre iniciamos com a observação da incidência de sol no espaço: poderá ser sombra total, meia sombra ou sol pleno, sendo essa a característica que te levará para o grupo de plantas ideal. Plantas de sol inseridas em ambientes de sombra não se desenvolvem e/ou estiolam, além de ficarem totalmente suscetíveis a doenças e pragas de jardim. Já o contrário, plantas de sombra inseridas sob o sol causarão queimaduras em suas folhagens impedindo brotação e desenvolvimento, até causar a morte. ​ Obs.: ao se fazer a observação da incidência de sol devemos considerar que ele muda sua posição drasticamente dependendo da estação do ano. O posicionamento dos raios de sol durante o verão não é o mesmo no inverno, o que devemos prever antecipadamente para termos sucesso no jardim durante o ano todo. ​ Segunda seleção: Após determinar o(s) grupo(s) de plantas que se adequam ao seu espaço, - afinal seu jardim pode ter diferentes tipos de ambientes incluindo desde sombra total a sol pleno - faça uma segunda seleção onde você unirá as espécies de cuidados parecidos. Por exemplo, se o seu ambiente tem uma boa incidência de sol direto e pretende fazer um jardim de cactos que aprecia o calor e solo seco, não coloque arbustos de flores que necessitem de regas diárias dividindo o mesmo espaço no substrato. PASSO 3 - DEIXANDO O SOLO ADEQUADO ​ Terra solta: O solo adequado não pode ser compactado, ou seja, deve ser revirado e consequentemente aerado. A terra compactada dificulta o desenvolvimento das raízes, fazendo com que elas não consigam penetrar no solo limitando drasticamente seu desenvolvimento. Uma atitude que auxilia muito a manter a terra aerada é a adição de matéria orgânica como estercos e húmus de minhoca ao substrato (dependendo da espécie da planta) além de elementos inertes excelentes para cumprir essa função como a vermiculita e a perlita. ​ Terra sem entulhos: Solos preenchidos com entulho, principalmente para nivelamento do espaço durante a construção, devem ser limpos e enriquecidos com terra rica em matéria orgânica. Os entulhos acabam tirando o espaço que as raízes teriam para se desenvolver limitando seu desenvolvimento. ​ Solo pobre: Solos pobres, sem nutrientes, não são adequados pois não irão conter as substâncias que as plantas precisam. Se esse for o caso do seu terreno destinado ao paisagismo aconselhamos que todos os plantios recebam a adição de terra vegetal ou substrato. Esse processo é bem simples: observe o tamanho do torrão da planta (parte onde as raízes se encontram) e faça uma cova de plantio com o dobro desse tamanho; após acomodar a muda no espaço (sem soterrar a parte do caule) preencha o restante com substrato de qualidade ou terra vegetal rica em matéria orgânica (essa escolha dependerá da espécie de planta que será cultivada). ​ Correção do PH: O solo do Brasil é naturalmente ácido, o que não agrada boa parte das plantas destinadas ao paisagismo, nesse caso é importante a correção do PH através da aplicação de cálcio. Essa correção deve ser feita uma vez por ano. Para aqueles que não querem ter esse trabalho periódico será necessário selecionar espécies que apreciem essa acidez constante, o que irá limitar drasticamente as opções de plantas para compor o paisagismo. PASSO 4 - DISPOSIÇÃO DAS PLANTAS ​ Após a seleção das plantas adequadas aos espaços destinados, assim como a combinação delas de acordo com as necessidades de regas, é necessário pensar em como elas ficarão futuramente antes de determinar a disposição e plantá-las. ​ Normalmente fazemos um jardim para durar por muitos anos, sem que haja preocupação com as plantas escolhidas futuramente. Nesse caso é importante analisarmos o tamanho que as mudas atingirão - pensando que algumas podem fazer sombra para outras, podem atingir alturas que afetem a construção próxima, ou até mesmo chegar a alturas indesejáveis em relação a estética inicial planejada. Quando falamos em tamanho estamos nos referindo a todas as direções, seja na altura ou na abertura que essas mudas terão no futuro. ​ Além da altura e abertura devemos analisar o espaço que cada muda ocupará. Algumas plantas têm uma tendência gigantesca a se espalhar, o que pode ocupar a área de outras rapidamente, aumentando drasticamente a necessidade de manutenções constantes para conter essa invasão. Lembrando que nas florestas, onde as plantas estão em seu habitat natural, é uma competição constante em busca de luz, nutrientes e espaço. Pensando nisso as mudas que tiverem mais disposição para se espalhar poderão tirar o espaço de outras, até que essas não tenham solo e/ou energia suficientes para se manter, definhando aos poucos até desaparecerem por completo. ​ Um conselho sobre a estética: É interessante deixar as mudas mais altas atrás e as mais baixas na frente, assim nenhuma delas irão ser tampadas com o tempo fazendo com que possamos apreciar visualmente todas as espécies escolhidas para o jardim. PASSO 5 - TRATAMENTO DE PRAGAS ​ Muitas áreas destinadas ao paisagismo estão tomadas por gramíneas e ervas indesejadas, consideradas pragas. Essas costumam ser muito resistentes o que incide na retirada antes de qualquer implantação de jardim. Seguem abaixo algumas sugestões de como eliminar as ervas daninhas do seu espaço: ​ Enxada: Retirar manualmente com ferramentas, visando sempre a extração das plantas com raízes. Se a retirada se limitar apenas as folhas e caules (partes expostas fora da terra) as pragas irão rebrotar novamente, estragando toda a estética do paisagismo instalado. Um detalhe importante é que poderá ficar no solo alguns resquícios dessas ervas daninhas, como rizomas, bulbos ou raízes, fazendo com que parte delas rebrotem com o passar do tempo. ​ Cobrir com lona preta: A cobertura do espaço com lona preta faz com que as pragas sejam abafadas impedindo os processos de fotossíntese, causando a morte eminente. Essa é uma opção que leva bastante tempo para ser concluída (talvez meses). Um ponto importante é que também poderá ficar alguns rizomas, bulbos ou raízes dessas ervas daninhas, fazendo com que uma pequena parte volte a surgir em meio ao jardim. ​ Aplicação de produtos específicos: Há produtos destinados para esse fim disponíveis no mercado, sendo a opção mais eficiente. Esse procedimento pede que a aplicação seja feita nas folhas das pragas que é onde elas irão absorver o produto levando até as suas raízes (esse processo leva de 10 a 20 dias). A grande vantagem é que diminui drasticamente qualquer possibilidade de rebroto e não deixa resquícios no solo (são produtos foliares que atingem apenas as plantas sendo totalmente inertes no solo). ​ Depois da morte das pragas você poderá retirá-las manualmente, as quais sairão com facilidade, e fazer o plantio em seguida no mesmo espaço sem qualquer consequência negativa para as novas mudas. PASSO 6 - O PLANTIO ​ Limitadores: Após decidir a disposição de todas a plantas e preparar o solo, devemos começar com a inserção do limitador de grama. Os limitadores de grama (ou limitadores de canteiros) são peças maleáveis com cerca de 11,5 cm de altura, que devem ser inseridos no solo para formar os desenhos planejados no jardim. Ele auxilia na formação de “manchas” no paisagismo, podendo limitar espaços de pedriscos, cascas, plantas ornamentais ou grama. Como ele é inserido dentro da terra, deixando apenas uma pequena borda para fora, os limitadores impedem que as plantas se espalhem para locais indesejados, nesse caso damos a possibilidade de conter espécies e organizar nosso jardim evitando constantes manutenções. Quando há grama no paisagismo os limitadores se tornam muito importantes: a grama tem tendência a se espalhar adentrando os espaços com plantas prejudicando a estética desejada, além de acabar sugando toda a água, espaço, energia e adubos que inserimos para as plantas ornamentais. Em resumo, a grama vai tomando todos os nutrientes do solo onde ocupa fazendo com que as plantas definhem quando não recebem seu espaçamento adequado. ​ Como não é algo muito simples de se instalar, exigindo certa paciência e capricho, os limitadores acabam sendo descartados do paisagismo. Nesse caso aconselhamos que a grama seja retirada quando se aproximar das mudas, deixando pelo menos um palmo de distância de seus caules. Essa escolha incide em manutenções bem mais frequentes, onde a grama deverá ser retirada manualmente. ​ Nunca soterre partes do caule: Depois dos limitadores instalados (ou não) devemos fazer as covas para plantarmos as mudas escolhidas. As covas devem ter o dobro do tamanho do torrão das plantas, sendo preenchidas com substrato adequado para auxiliar o enraizamento. Uma observação muito importante é nunca soterrarmos o caule das plantas. A terra deverá cobrir apenas a parte das raízes e nunca o caule, caso isso ocorra a planta entenderá que naquela área soterrada deverá conter raízes, e acaba focando toda a sua energia no caule sob a terra para que consiga cumprir essa tarefa. Algumas plantas conseguem fazer esse processo e sobrevivem, porém a grande maioria acaba definhando ou ficando estagnadas por anos. ​ Raízes intactas: Ao tirar as mudas das embalagens, para replantá-las, aconselhamos que mantenha o torrão intacto, ou seja, mexa o mínimo possível nas raízes evitando que as plantas “sintam” esse processo. ​ Uso de fertilizantes no plantio: A aplicação de fertilizantes não é aconselhada no momento do plantio, a não ser que sejam de liberação lenta – como o Forth Cote por exemplo. Fertilizantes minerais comuns devem ser aplicados apenas 30 dias após o plantio, evitando estresses contínuos nas plantas (o replantio já é um estresse e o fertilizante será outro). Muitos plantios que recebem fertilizantes em seguida acabam prejudicando as plantas de forma irreparável, e um dos sinais iniciais que podem ser observados é a queimadura das folhas (normalmente iniciando da ponta das folhas para o centro). ​ Obs.: fertilizante é diferente de adubo. Muitos adubos podem ser inseridos no momento do plantio pois envolvem origem orgânica como estercos e húmus. Já os fertilizantes são produtos derivados de minérios com alta concentração de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio). Os adubos também possuem NPK porém em uma dosagem bem reduzida quando comparado aos fertilizantes. PASSO 7 - CUIDADOS INICIAIS ​​ Os jardins envolvem cuidados periódicos, mesmo aqueles compostos apenas por plantas de baixa manutenção terão algumas exigências ao longo do tempo, como podas, adição de nutrientes, regas e/ou transplantes. Como cada tipo de jardim envolverá cuidados específicos, descreveremos aqui apenas as exigências iniciais importantes ao terminarmos a implantação de um paisagismo: ​ Rega: A água se faz fundamental para que as plantas se adaptem ao novo ambiente inserido. É a umidade que estabilizará as raízes e fará com que as mudas se desenvolvam com sucesso. Mudas menores e gramas por exemplo precisam de água em abundância todos os dias no período da manhã. Falhar um dia de rega, ou regar pouco, podem ser fatais dependendo do que foi inserido no jardim. Na dúvida regue abundantemente todo o jardim após o término repetindo o processo todos os dias de manhã pelos próximos 30 a 60 dias – essa frequência dependerá do tipo de plantas escolhidas, assim como seus tamanhos, além da época do ano em que foi feito o plantio. ​ Obs.: por que as regas devem ser sempre no período da manhã? As plantas precisam de água durante o dia, enquanto estão em seu pleno trabalho de fotossíntese, nesse caso se regarmos no final da tarde ou a noite as raízes não irão absorver a água da melhor forma já que estarão fazendo outros processos, como a respiração radicular por exemplo. O solo encharcado durante a noite, além de atrapalhar outros processos, resulta em um ambiente propício a fungos que são extremamente prejudiciais as plantas. Para entender melhor essa necessidade na prática vamos descrever uma situação: imagine que você trabalhe sob o sol durante o dia, com sede, e tome água apenas a noite quando chegasse em casa para o seu descanso; não seria muito mais motivador para realizar suas funções se você pudesse tomar água durante o dia enquanto sentisse sede? Esse é o mesmo caso das plantas ;) ​ Enraizador: Existem produtos disponíveis ao consumidor que aceleram o processo de enraizamento das mudas, as estabilizando no novo ambiente muito mais rápido que o previsto. Estes são chamados enraizadores que devem ser aplicados uma vez por semana, normalmente sendo diluídos em água para fazer a rega, em uma frequência de 4 a 6 semanas. Após esse período é importante fazer uma pausa antes de retomar esse processo (caso seja da sua vontade). ​ Obs.: os enraizadores também podem ser aplicados em plantas já estáveis e até mesmo orquídeas, dando resultados surpreendes e muito visíveis quando usados da forma correta e sem excessos.
  • Frutíferas que não dão frutos
    POSSIBILIDADE 1 - Correção do PH ​ O problema mais comum que impede as frutíferas de desenvolverem seus frutos é a falta de correção periódica do PH do solo. O Brasil tem seu solo naturalmente ácido, o que diminui drasticamente as opções de frutíferas que apreciam esse ambiente (uma das poucas exceções que gostam da acidez é o Mirtilo por exemplo, também conhecido como Blueberry). Esse problema pode ser corrigido facilmente através da aplicação de calcário, como o Forth Equilíbrio. O ideal é corrigir o solo no mínimo 1 vez por ano. Essa correção de PH se faz fundamental uma vez que nenhuma inserção de nutrientes irá suprir essa necessidade, ou seja, não adiantará usar os melhores fertilizantes do mercado se o solo continuar ácido. Uma característica muito comum que mostra essa acidez é o desenvolvimento de flores que secam em seguida, ou de frutos que nascem porém antes de crescer completamente já caem, sendo abortados pela muda de frutífera. POSSIBILIDADE 2 - Caule Soterrado ​ Acontece frequentemente de frutíferas serem plantadas com terra e sol adequados porém não desenvolvem frutos. Muitas vezes esse aspecto é combinado ao não desenvolvimento da planta, que fica sem crescimento ou brotos significativos. Em boa parte dos casos isso ocorre quando a muda é plantada em uma cova mais baixa do que deveria, havendo o soterramento do caule. Em cursos de agronomia aprendemos que é melhor deixar raízes para fora do que soterrar o caule da planta! Para não soterrar é muito simples, basta manter a terra no nível em que está quando a planta é comprada. As plantas têm um sistema perfeito, e divide muito bem sua composição estrutural: o que está abaixo da terra deve conter raízes dando a sustentação, e o que está acima deve ser composto de caules, folhas, florações e/ou frutos. Neste caso, ao afundarmos o caule elas entenderão que ali deve conter raízes, o que faz com que foque toda a sua energia nesse local para cumprir essa função. Como não é algo esperado acaba exigindo muita energia, sendo retirada de outras partes da planta para esse espaço soterrado. Algumas plantas sobrevivem a esse processo, porém uma boa parte sofre significativamente deixando de produzir folhas, flores e consequentemente os frutos. Em casos mais extremos a muda pode até morrer. Caso isso tenha ocorrido você deverá retirar essa terra em excesso, deixando o caule para fora novamente. POSSIBILIDADE 3 - Falta de Nutrientes ou Regas ​ A rega é fundamental! Mesmo para plantas que não precisam de água em abundância, algumas regas esporádicas sempre ajuda, principalmente em épocas secas como o outono/inverno no Sudeste. Os nutrientes também são de extrema importância. Alguns solos são pobres ou receberam matéria orgânica e fertilizantes apenas no momento do plantio, devendo haver uma reposição periódica por parte dos cuidadores do jardim. Para desenvolver frutos as plantas gastam muita energia, e esta energia é adquirida principalmente através do sol e do “alimento” que damos a elas, que são os adubos e/ou fertilizantes. Assim como nos alimentamos para ter energia para nossas funções do dia a dia, as plantas também precisam dessa “comida” diária. Os adubos têm origem natural podendo ser estercos ou húmus de minhoca por exemplo. Como suas concentrações de nutrientes são mais baixas do que os fertilizantes industrializados de origem mineral, suas frequências de uso devem ser mais assíduas (de 30 a 40 dias de intervalo). Os estercos devem ser sempre devidamente curtidos antes do uso, por isso é importante confiar na origem dos mesmos. Os fertilizantes têm origem mineral, havendo uma alta concentração de macronutrientes (Nitrogênio, Potássio e Fósforo em sua maioria). Nesse caso o uso deve ser feito com mais atenção para não haver excessos na quantidade ou na frequência. Há fertilizantes salinos que devem ser aplicados seguidos de rega abundante, ou diluídos no regador; estes normalmente têm uma frequência de 30 a 60 dias de intervalo. Há outros com melhor tecnologia chamados de “cápsulas inteligentes”, que duram de 3 a 5 meses (dependendo do fabricante) sendo composto por pequenas bolinhas. Essas bolinhas não dissolvem com o tempo, liberando seu conteúdo de acordo com a umidade recebida, por isso a durabilidade é tão potencializada; a grande vantagem desse grupo de fertilizantes é que não há risco de exceder a quantidade aplicada, uma vez que sua liberação é muito vagarosa apesar de significativa. POSSIBILIDADE 4 - Espaços Limitados ​ Em alguns casos, para nivelamento dos terrenos principalmente, há o uso de entulhos na área de plantio das frutíferas. Os entulhos acabam limitando o espaço de desenvolvimento das mudas que necessitam de terra livre para suas raízes. A copa das plantas é um reflexo de suas raízes: elas, com um sistema perfeito, não teriam raízes menores que sua parte externa causando danos a sua sustentação. Pensando nisso é fácil compreender que quanto mais espaço para as raízes, maior será sua copa. Esse entendimento se aplica a qualquer local que inserirmos as mudas, incluindo vasos e canteiros. POSSIBILIDADE 5 - Falta de Sol ​ Uma das principais fontes de energia para a plantas é o sol (direto ou indiretamente). No caso das frutíferas a luz solar deve atingir suas folhas diretamente, não sendo suficiente apenas a claridade. Sem a quantidade de sol mínima as mudas terão menos energia e consequentemente não conseguirão produzir seus frutos. Cada tipo de frutífera tem necessidades diferentes, mas de modo geral devem receber no mínimo 4 horas de sol diárias (para ter uma ideia melhor seria meio período do dia: uma manhã inteira ou uma tarde inteira). Vale ressaltar que o sol deve atingir todos os ângulos das plantas, por isso é importante um bom espaçamento das frutíferas em um pomar. Jabuticabeiras por exemplo, que têm seus frutos nos troncos, devem receber podas de galhos para que o sol penetre até alcançar o caule. Normalmente dividimos a planta em 3 partes, onde a primeira parte de baixo é limpa retirando 100% dos galhos, mantendo apenas as outras duas partes de cima com galhos e folhagens. ​ POSSIBILIDADE 6 - Plantas Enxertadas ​ A maior parte das frutíferas podem ser encontradas enxertadas, processo que tem como objetivo, na maior parte das vezes, o adiantamento ou aperfeiçoamento da produção de frutos. As mudas de laranja, limão e mexerica são as principais quando falamos de enxertia em frutíferas, fazendo com que mudas de 0,70 m produzam com abundância. Apesar de ser um ótimo procedimento no cultivo de cítricos aconselhamos que a primeira florada, que em geral ocorre quando a planta nem atingiu 1 m de altura, seja totalmente retirada. Na segunda florada, considerando que a muda estará um pouco maior, deixe apenas 50% dos frutos vingarem, e só a partir da terceira florada deixe a muda produzir com abundância. Esse conselho é pelo fato de a planta gastar muita energia produzindo seus frutos, o que não seria viável em uma época que ela precisa se estabilizar primeiro através do desenvolvimento de raízes e galhos. Por isso é sempre interessante cortar a frutificação nas primeiras vezes, para que ela cresça, sendo a forma mais saudável de cultivá-las. POSSIBILIDADE 7 - Broto Ladrão ​ Geralmente quando plantamos uma frutífera notamos com o tempo a presença de “brotos ladrões”. Esses brotos nascem próximos ao solo e notamos que derivam da planta principal. As frutíferas quando têm essa presença focam sua energia nesses pequenos brotos, deixando de distribuir uniformemente para o restante de seus galhos, folhas, flores e frutos (o que incentiva cada vem mais o crescimento desses “filhotes”). Justamente por um desequilíbrio na distribuição de energia, a planta principal se enfraquece para dar força aos brotos ladrões, diminuindo consequentemente sua capacidade de frutificação. Nesse caso, assim que notados, os brotos ladrões devem ser arrancados mantendo apenas a muda principal desejada.
  • Apareceu pequenos insetos nas plantas, o que fazer?
    É natural aparecer em nossos jardins pequenos insetos brancos ou escuros, sendo mais comuns as cochonilhas e pulgões. Esses bichinhos sugam nossas plantas fazendo com que enfraqueçam e definhem aos poucos se não tratados a tempo! Eles têm uma forte tendência a se espalhar então devem ser tratados assim que possível. Para combater esses insetos há diversos produtos disponíveis, alguns orgânicos que funcionam como repelentes (óleos de neem ou fumo), e outros mais fortes e efetivos quando o ataque já está bem avançado, como os produtos da Forth (princípios ativos com Deltametrina ou Fipronil). Devem ser aplicados através de um pulverizador que, dependendo da efetividade do produto, gera resultados satisfatórios logo na primeira aplicação. Dos produtos comentados acima o fumo tem uma desvantagem: exala um cheiro bem acentuado que causa desconforto caso aplicado em ambientes pouco ventilados. Sempre aconselhamos, independente do produto, que a pulverização ocorra não apenas por cima das folhas mas também por baixo. Vá erguendo as folhas com uma das mãos e aplicando com a outra, garantindo assim que atingiu todos os insetos de forma efetiva. Nunca aplique nos horários de sol mais intenso do dia, prefira fazer a aplicação no início da manhã ou finalzinho da tarde, evitando queimadura nas suas plantinhas. Obs.: as cochonilhas não saem da planta, ou seja, depois de mortas é interessante retirá-las manualmente para dar uma estética mais bonita na planta atingida. ​ As joaninhas não são pragas no jardim, muito pelo contrário! Além de lindas e delicadas elas se alimentam de alguns insetos, como os pulgões por exemplo, contribuindo de forma natural para a saúde nosso jardim.
  • Manchas nas folhas ou amarelamento, o que fazer?
    MANCHAS SECAS Folhas secando podem ter diversas causas, abaixo seguem algumas possibilidades para análise: - Secar algumas folhas velhas é normal, desde que não seja em abundância e percebemos a presença de brotos novos. No processo normal de vida das plantas nascerão folhas novas e as velhas poderão morrer, sem motivos para preocupação. Se esta for a única causa do ressecamento basta retirar as folhas feias dando uma estética mais agradável e saudável as mudas. - A falta de umidade também causa o ressecamento de folhas. Na maior parte das plantas o primeiro sinal será folhas murchas ou retorcidas mostrando que a muda está tentando reservar umidade em sua estrutura. Nesse caso basta regar com mais abundância ou frequência que a recuperação será rápida. - O excesso de sol também pode secar as folhas de algumas plantas. Isso acontece quando a muda está recebendo mais sol que o suficiente ou estava adaptada a sombra e passou a receber sol de forma repentina. Uma outra causa dessas queimaduras é a mudança de estação considerando que a incidência de sol do outono/inverno é mais amena que a incidência na primavera/verão. Nesses casos uma mudança de lugar irá ajudar na recuperação. Uma observação importante é que tais queimaduras surgem, em sua maioria, no centro das folhas. - Fertilizantes ou adubos usados em abundância, tanto em frequência quanto em quantidade, causam queimaduras nas folhagens. Normalmente essas queimaduras surgem das pontas das folhas para o centro. Caso isso ocorra aconselhamos a rega em grande quantidade na tentativa de “lavar” o solo fertilizado para diminuir o efeito indesejado. ​ ​MANCHAS ÚMIDAS A maior parte das manchas úmidas observadas nas folhas tratam-se de fungos. Esses costumam surgir através do excesso de umidade, se espalhando através das gotículas de água que escorrem pelas folhas doentes e caem nas folhas saudáveis. O primeiro passo é retirar todas as folhas doentes, mesmo que contenham apenas pequenos pontos, com a finalidade de evitar o desenvolvimento da doença. Ao retirar as folhas tome o cuidado de não deixá-las em contato com outras plantas, pois também podem ser contaminadas. Depois de desfolhar o que está doente aplique produtos específicos (como fungicidas de contato ou sistêmicos) evitando que o problema volte. Obs.: além de isolar totalmente as folhas que contém os fungos, tome o cuidado de lavar bem as mãos, afinal esses microrganismos também podem se proliferar através do nosso manuseio. ​ ​AMARELAMENTO Folhas amareladas podem significar falta de nutrientes ou excesso de água. Se o caso for falta de nutrientes o problema pode ser facilmente resolvido através da adição de adubos ou fertilizantes, sendo encontrados em diversas formas direcionadas aqui na Flora ECO, como para folhagens, para flores ou frutos por exemplo. Se o caso for excesso de água aumente o intervalo entre as regas deixando sempre o substrato em que a planta está inserida secar totalmente antes de receber água novamente. Considerando que o solo pode secar mais rapidamente ou mais vagarosamente dependendo da época do ano, por conta do calor, sempre aconselhados que os cuidadores das plantas sintam a terra antes de fazer a rega. Nesse caso será possível verificar se ainda está úmida aumentando o espaçamento das regas, ou seco recebendo a água naquele momento.
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